Mônica dos Santos, 24 anos.
Quanto ao crescente número de vítimas desse tipo de delito, a delegada Vilma Alves, que atende na delegacia especializada dos Direitos da Mulher, a tendência é crescer devido ao grau de conscientização da mulher para com seus direitos constitucionais e agora com a consagração da lei Maria da Penha. Ela afirmou que “a lei Maria da Penha, que agora vai completar três anos, tem demonstrado e até num bojo de seus dispositivos, que a mulher não pode mais desistir, ela tem que continuar”.
Vilma Alves, delegada.
A delegada destacou que “o que está faltando para que haja esse seguimento do procedimento imposto pela lei Maria da Penha é a criação do juizado Especial. Não tenho nenhuma dúvida que com a criação dele, nós vamos sentir o resultado imediato em relação às penalidades dadas aos agressores”.
Todavia, ainda existem casos em que o boletim de ocorrência é registrado, mas o inquérito não é instaurado. Na delegacia da mulher no bairro Buenos Aires, até maio deste ano foram 416 ocorrências e apenas 70 inquéritos instaurados. È o exemplo ainda de Mônica Santos que não quer que seu pai seja preso. “Não quero que ele seja preso, pois ele depende do trabalho dele para sobreviver, quero que ele só assine um termo se comprometendo a não me machucar mais” disse ela.
Para a delegada ainda “graças à lei, isso é uma preocupação nossa, ela estar em pleno vigor, isso tanto na nossa parte (delegacia especializada dos Direitos da Mulher) como das outras duas delegacias. Nós trabalhamos com esse objetivo de fazer com que a lei exerça seu papel pleno e eficácia seja realmente respeitada” disse ela.
Confira entrevista completa com a delegada Vilma Alves
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